terça-feira, 22 de março de 2011

Por que me olhaste daquele jeito?


Não sabias que meu coração te desvendaria?
Olhar feito canção que fez dançar minha essência retornando ao passado das enigmáticas reminiscências...
E tu?...
Também sentiste no meu olhar
a mesma melodia das nossas palavras caladas?
Daquelas que nos murmuravam
os toques mágicos de nossas almas enamoradas?
E agora...onde estás? Onde está esse olhar
que me vestiu de luar
e me transportou para outras esferas da existência?
Por que não vens
aconchegar-te nas estrelas das nossas fantasias,
dos nossos eternos carinhos
bordados de poesia?
Vem amor e solta-te ...sacode as ténues diferenças,
aninha-te no meu colo ...
oásis de mil alegrias...
voa nas asas dos teus sonhos
que também são os meus...
e procura-me no infinito do teu sentir...
onde sempre morei, mesmo sem te aperceberes...
Entrega-te e deixa-me descobrir,
docemente,
na pele dos teus segredos a minha fragrância eterna em ti....
Deixa as minhas mãos
dedilharem teu corpo despido de razão.
Deixa-as sussurrarem-te
minhas sentidas ternuras,
minhas magias profundas,
meus anseios contidos e escondidos,
meu universo de porcelana onde só tu habitas...
Sabes?
Mesmo que não venhas...
serás eternamente meu.
E se eu não beijar a tua presença,
beijarei a suavidade
e a beleza da tua alma
com o olhar puro da minha essência,
bálsamo perfeito das dores de ausência...
Tu serás sempre a melodia que canta no meu coração,
embalada pelas emoções
das nossas meigas lembranças

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