sexta-feira, 25 de março de 2011

...Crescer...


...Crescer...
Por mais que imagines o teu Futuro, por mais que o pressintas, nunca suspeitas do que ele te reserva. Apenas o Presente te revela o que o Futuro te esperava.
Aí o Passado é uma mera ilusão, que se torna um facto, e como tal, inalterado.
Aceitar e seguir em frente, são as virtudes dos que são verdadeiramente felizes, mas prender-se no Presente passado, não passa da mais pura das infelicidades.
Artista não desenha no papel, artista que é artista, desenha no seu destino.
Nunca? Nunca tiveste o que querias?
Nunca!? Nunca fizeste o óbvio!?
Nunca... Nunca é passado, esperança é futura!
Esperança?
O que é esperança?
É o sentimento de que algo vai acontecer?
É a vontade de que algo aconteça?
Ou é o esperar que algo aconteça?
Não acaba a esperança por ser mais uma maldição do que um dom?
Não será que uma pessoa cheia de esperança é aquela que menos faz, pois espera sempre que façam por ela, que tudo aconteça por ela?
Que o seu destino se construa por si próprio?
Destino?
Oh Destino!
Destino? Será o destino que se constrói e todos nos perguntamos o que vai ele decidir por nós?
Destino!
Cada um decide o seu destino, sorte e consequências não existem, só actos e decisões!
Ou será que cabe a cada um escolher o seu tipo de destino?
Cada Um deve escolher se deixa andar, ou se anda por si próprio?
Mas será que cada um tem capacidade de escolher, mais que escolher, capacidade de cumprir?
Como sabemos se não nos deixaremos levar pelo desespero, pela dificuldade de lutar, pela ausência de motivos?
Como saberei se ao escolher viver, não acabarei por me sentir desmotivada pela minha incapacidade de liderança de vida?
Porquê a escolha entre viver e existir?
Porque não existem aqueles que vivem, ou não vivem aqueles que apenas existem?
Porque existe a necessidade de viver, de querer viver?
Vontade.
Oposto da esperança?
Ou a melhor aliada?
Será a vontade é aquela que abre as possibilidades à esperança?
Ou é a esperança que incentiva a ter vontade?
Será a vontade ou a esperança que controlam o destino?
Será o destino que decide cada um?
Será a vida que decide o destino, ou o destino que decide a vida?
Será cada acto da nossa vivência que define o nosso destino, ou será o destino que define a nossa vivência?
Existindo apenas o caminho a percorrer.
Mas se existe apenas um caminho, serão as opções uma mera ilusão?
Se tudo está pré-destinado, porque somos racionais?
Porque criamos dilemas?
Porque não aceitamos o que o mundo nos reserva?
Então eu diria que o mundo não está pré-destinado.
Mas se não está pré-destinado, poderá este destinar-se?
Poderá o mundo desenhar-se?
Poderá o homem desenhar o mundo?
Desenhará o homem o mundo?
Mas o homem não foi desenhado pelo mundo?
Então como pode este agora desenhar o seu criador, se este já desenhado está?
Poderá existir uma borracha no mundo?
Poderá o lápis nunca acabar?
Poderá o homem desenhar o mundo eternamente?
Poderá o mundo desistir de desenhar o homem?
Não terá o mundo já desistido de desenhar o homem, de aperfeiçoar, corrigir?
Quem é o artista? O mundo ou o homem?
Existirá espaço para dois artistas de tamanha dimensão?
Poderão dois artistas criar-se mutuamente?
Poderá a arte desenvolver-se? Desenhar-se? Ou apenas surgirá?
Poderá algo surgir sem que o criem? Poderá algo ser criador de si próprio?
Poderá algo, existir por si próprio, sem que necessitasse de ser desenhado?
Será Deus um desenhador?
Será cada um o seu próprio desenhador?
E quem desenhou o mundo?
O que existe para além do universo?
O que existe realmente, e o que não existe, nem nunca existirá, mesmo que a nossa esperança e vontade esteja pré-destinada?
Será o destino que nos desenha ou nós que o desenhamos?
Será que o fim existe mesmo?

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