quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tua Escrava

Hoje eu acordei com a saudade gritando o nome teu

Perguntando pelo futuro que um dia me prometeu
Buscando a tua pele quente e o teu peito largo
Tentando esconder-se do cobertor frio e letargo
Pois o calor do teu abraço já não é mais meu
Hoje eu caminhei sozinha sentindo o peso da tua ausência
Que sobre minhas costas suplicava e pedia clemência
Pois já não suporta mais acompanhar minha solidão
Que por onde eu ando desenha pegadas no chão
Tentando me fazer esquecer a tua desmedida indolência
Hoje eu fechei meus olhos num ritual de isolamento
Porque a noite me tem sido um cemitério de sentimentos
Onde, por mais uma vez, inumei o que de ti restava
Para que no crepúsculo eu não seja mais essa escrava
E acordando para mim mesma declare meu livramento!


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