Mar, ou Mar que gritas em formas de onda, que me estas a suplicar?
A Lua chora, as lágrimas caiem em minha face, mas como posso ajudar?
Eu olho para compreender, mas por mais que olho não sei que se esta a passar!
Digam-me, eu peço, eu vou ajudar, mas primeiro terão de dizer o que os está a arreliar!
Mar, não expulses de ti, aqueles que sempre estiveram, a te habitar
Lua, não apagues o teu brilho, os que vivem da noite, iram-se desorientar
Que se passa, pensei que em vós, a tristeza nunca iria ter um lugar
Quando de repetente me vejo a braços com uma tristeza sem par!
Diz Mar, estou-te a ouvir, dizes que gritas para me ajudar?
O quê Lua? As lágrimas que deitas, são aquelas que estou a sufocar?
Não meus anjos, Eu não tenho lágrimas, não vêm que vos estou a sorrir
Pressentimentos ruins, não passam disso o que estão a sentir!
O Mar, não grites, já te disse que a tristeza não estou a albergar!
Lua, minha doce Lua, não chores, não há nada que te esteja a ocultar!
Porque não acreditam nesta alma, que só vos quer voltar a observar
Da forma que vos via, felizes, contentes, sem nada a vos preocupar!
Oh nada escorre pela minha face lua, apenas algo que o meu olho veio incomodar
Não mar, não minto! Mas que digo eu, já comecei a chorar
Nem de vós consigo esconder, que me sinto o patinho feio que não vai crescer
Que me sinto só, diferente, que nunca ninguém vai olhar para mim, e só me ver!
Um olhar que passa e a alma vê, enamorar-se dela, não quer dela se perder
Alguém a quem todo este mimo retido em mim, eu possa entregar
Alguém a quem eu possa amar incondicionalmente, sem ninguém imitar
Alguém, que eu possa fazer sorrir, e que de manha eu venho “bom dia” dizer!
Sorriem agora porque? Chorei Lua, zanguei-me com o mundo Mar
Mas parecem que preferem que grite do que tudo dentro de mim venha guardar
Eu sei Mar, a revolta apazigua aquilo que o meu coração vinha a matutar
Eu sei lua, as lágrimas lavam a alma, e aos dois um Obrigada eu tenho de dar!
Sem comentários:
Enviar um comentário